quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Nossa identidade católica

Nossa identidade católica


O que são as Igrejas Cristãs


Igrejas Cristãs são aquelas comunidades de crentes que aceitam Jesus Cristo como Filho de Deus e Salvador. Católicos e Evangélicos somos cristãos porque nos inspiramos na pessoa de Cristo.
Não são cristãos, os muçulmanos fundados por Maomé, que viveu no século VI, já que vêem em Jesus somente um profeta a quem põem no mesmo nível de Moisés ou de Maomé. Tão pouco são cristãos os Mórmons que não consideram Jesus Cristo como Deus e dão mais importância ao Livro de Mórmon, escrito por José Smith em 1827, que à própria Bíblia. (Smith morreu linchado por dezenas de maridos traídos por ele, ainda que ele dizia que um anjo lhe revelava tudo numa prancha de ouro). Tampouco são cris¬tãos os que vêem em Jesus de Nazaré só um homem bom e sábio e não a Cristo o Salvador ungido por Deus.

O Conselho Mundial de Igrejas fundado em 1948 aceita como membros só as comunidades que aceitam que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo e que o Filho de Deus feito homem é Jesus Cristo como a Bíblia o afirna. Desde o Concílio Vaticano II (1962¬-1965) a Igreja Católica coopera no movimento ecumênico com as demais Igrejas Cristãs.
Quem é Católico?
É católico o que além de ser cristão aceita pelo Batismo ser membro da Igrejaque é Una, Santa, Católica e Apostólica.Mas, como se sabe, na prática, se alguém é ou não católico?
A nota mais distin¬tiva para saber a qual Igreja pertence uma pessoa é sua adesão ou rejeição ao Papa. O católico aceita o Papa como Vigário de Cristo, como Pastor universal da Igreja deixada por Jesus. Assim que um católico unido ao pároco, ao bispo e ao Papa, sente-se seguro dentro da Igreja Católica. Os evangélicos rejeitam a autoridade do Papa. Os ortodoxos se chamam católicos mas também rejeitam a autoridade do Papa. Temos que rezar para que chegue o dia e a hora prevista por Deus para o feliz reencontro com a Igreja Ortodo¬xa e queira Deus também com as denominações evangélicas.
O que é o Ecumenismo?
O Ecumenismo é o movimento nascido sob a ação do Espírito Santo que busca a união dos cristãos de diferentes Igrejas mediante o diálogo teológico, a oração e o serviço em comum aos mais necessitados.O católico que se sente seguro de sua fé pode orar com cristãos de outras Igrejas mas sem deixar-se atropelar. Também pode fazer com eles obras boas e praticar a solidariedade com os mais necessitados mas o diálogo teológico deve-se deixar aos especialistas. O católico deve tratar com respeito aos que têm outra religião (CoI4,5-6) e deve exigir também este mesmo respeito. A Igreja Católica mantém um diálogo religioso de aproximação com outras confissões não cristãs, com a condição de que respeitem os postulados de nossa Fé católica e os Direitos da pessoa humana. Há grupos que manipulam a mente de seus adeptos e os levam a ações antinaturais e de suicídio como se viu em vários casos em anos recentes.
1) A Igreja Católica fortalece sua unidade e resolve diferenças de opiniões doutrinais nos Concílios Ecumênicos, segundo o modelo de Atos 15. Os Concílios não decidem simplesmente por pressão da maioria, mas tendo em conta o que a Igreja sempre acreditou e em todas as partes, baseando-se no ensino e prática de Jesus Cristo, de seus Apóstolos e sucessores mais antigos.
2) A Igreja Católica respeita a autoridade do sucessor de Pedro em matéria de fé e disciplina e dá importância central à caridade e à Eucaristia. Certas proibições de comi¬das estão suprimidas no Novo Testamento (GaI4,3-11; 5,1-5; CoI2,16; At 13,9). Os primeiros cristãos trocaram o sábado (do hebreu "shabat", repouso) pelo primeiro dia da semana, que chamaram Domingo (do latim "Domini dies", dia do Senhor), no qual começaram a celebrar a morte e Ressurreição de Jesus representada na Última Ceia (Le 22,14¬20; At 20,7). O mesmo Jesus dava mais importância ao amor ao próximo que aos jejuns e ao sábado (ver Mc 2,18-22).
3) A Igreja Católica tributa devoção, sem adoração, a Maria, aos santos e aos anjos. Adorar é reconhecer a Deus como criador, salvador e santificador.Os católicos reconhecem como Deus somente o Pai, seu Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo. Por ignorância, os evangélicos acusam erroneamente a Igreja de adorar a Virgem Maria, os santos e os anjos. Os católicos vêem em Maria e demais santos e cristãos próximos a nós, que nos mostram como seguir a Jesus e que rogam a Deus por nós. Eles nos ajudam a alcançar a santificação que consiste na plena união com Deus e no amor ao próximo. Só a Deus pedimos que tenha piedade de nós.
4) A fé católica aceita e pratica a doutrina social da Igreja. Os bispos unidos ao Papa aplicam os ensinamentos bíblicos às relações sociais, quer para uma época, quer para um continente ou país em favor da libertação dos pobres e oprimidos. Certos cris¬tãos acusam os bispos de meter-se em política. Mesmo que os bispos não possam usar seu cargo em favor de um partido político, devem exigir de todas as autoridades seu uso correto do poder que vem de Deus para servir ao bem comum.
Em que consiste a identidade católica?
No Credo aprovado nos Concílios de Nicéia e de Constantinopla, muito antes da separação das grandes igrejas cristãs atuais, se resume a identidade da verdadeira Igreja dizendo que é Una (unida em sua fé e disciplina), Santa (em seu fundador e em sua meta, mesmo que inclua pecadores, ainda em seus membros), Católica (ou aberta a todos) e Apostólica (derivada dos apóstolos e dedicada ao apostolado).
Algumas conseqüências práticasAs Sociedades Bíblicas Unidas se dedicam a traduzir a Bíblia desde os originais hebreus, arameu e grego e a editá-la barata, graças a doações. As edições católicas lhe acrescentam notas ou explicações para evitar interpretações que se afastem da tradição original. A Igreja Católica mantém contato com as S.B. U. através da Federação Bíblica Católica.
"A Bíblia de Estudo" é uma tradução das S.B. u., com notas católicas, que inclui os livros deuterocanônicos. Nem a Igreja Católica nem as Sociedades Bíblicas aceitam a tradução da Bíblia dos Testemunhas de Jeová (editadas pela Watchtower Bible Association, ou Associação Bíblica Atalaya), porque adapta a tradução a suas próprias doutrinas, sem respeitar os manuscritos mais antigos que se conservam nas línguas originais.A Igreja Católica Ortodoxa que se separou da Igreja Católica no século XI con¬serva a mesma doutrina e tem sacramentos válidos, mas não obedece ao Papa ainda que tenha cada vez melhores relações com a Igreja Católica. Sem permissão, um católico não pode comungar na missa de ortodoxos, nem tampouco receber os sacramentos em suas igrejas, ainda que reconheçamos que seus sacramentos são válidos.
A Igreja Anglicana, que nos Estados Unidos tomou o nome de Igreja Presbiteriana, se originou quando Henrique VIII, ao não obter seu divórcio com Ana Bolena no século XVI, se proclamou chefe da Igreja da Inglaterra, martirizou bispos fiéis ao Papa e orde¬nou bispos favoráveis a ele, além de aceitar outros que se separaram do Papa. A Igreja Católica reconhece só sacerdotes ordenados por bispos legítimos. Com os anglicanos temos quase a mesma doutrina mas ainda não podemos compartilhar os sacramentos. Temos de rezar a Deus para que logo se produza a desejada união.
A Igreja Evangélica Luterana se separou da Igreja Católica quando Martinho Lutero protestou contra a venda de indulgências que Julio 11 e Leão X faziam para cons¬truir a basílica de São Pedro na colina Vaticano de Roma e negou obediência ao Papa. Conservou os sacramentos do batismo e eucaristia, sem dar a esta grande importância; afirmou que para salvar-se basta somente a fé sem as obras boas e que a fé consiste em aceitar somente a Escritura sem fazer caso da Tradição.
Os protestantes foram convidados ao Concílio de Trento mas se retiraram na primeira sessão ao ver o predomínio da obediência ao Papa e à Tradição. Os protestantes negam obediência ao Papa e afirmam a salvação somente pela fé (sem as boas obras mandadas por Jesus Cristo; ver Mt 7,26; Lc 11,27) e baseada só na Bíblia (sem a Tradição).Cada protestante interpreta a Bíblia a seu modo, geralmente de forma literal ou fundamentalista, outras vezes de forma muito literal e até racionalista, sem contar com um magistério público, como o que existe na Igreja Católica. E como dizem que cada fiel se guia pelo Espírito Santo para interpretar a Bíblia, as Igrejas protestantes se divi¬dem e subdividem por razões doutrinais e também por questões pessoais entre os dis¬tintos pastores.
As Igrejas Pentecostais fazem sua interpretação própria da Bíblia, acrescentam a pregação de rua, o pagamento do dízimo a seu pastor, o que lhes permite multiplicar seus templos e a oração com muita emoção e expressão corporal, especialmente pelos enfer¬mos. Às vezes, conseguem curas com as quais reafIrmam sua fé no poder de Deus como se este poder só estivesse em sua igreja. Cada Igreja pentecostal é independente. Um católico tem muito mais meios de salvação que um não católico mas ambos podem se salvar, se cumprem sinceramente com o que manda sua consciência (Rm 2,12-24).
O primado de PedroUm católico deve aceitar e aderir à Igreja Católica que Jesus fundou. Aceitar Jesus e renegar a Igreja Católica é praticamente separar aquilo que Deus uniu e arrancar a cabeça do corpo.
A Igreja Católica, à qual temos a felicidade de pertencer, é a única fundada por Cristo há quase dois mil anos, a única que chegou a nós sem nenhuma interrupção na sucessão apostólica, a única que nos oferece a plenitude dos meios de salvação deixados pelo próprio Jesus.
A Igreja Católica é a única fundada sobre Pedro quando Jesus lhe disse: "Bem¬ aventurado és, Simão, fIlho de Jonas, porque isto não te foi revelado pela carne nem pelo sangue mas por meu Pai que está no céu.E Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. A ti darei as chaves do reino dos céus, e o que atores na terra ficará atado no céu e o que desatares na terra ficará desatado no céu" (Mt 16,19).
AscensãoJunto ao mar de Galiléia o Senhor disse a Simão:tu estarás no timãoda santa mãe Igreja. Minhas ovelhas apascenta com amor e suavidade, deves defendê-Iasdo lobo feroz, duro e conduzir meu rebanho do mundo à eternidade.